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Como Lidar com Momentos Adversos no Trabalho, no Mundo Corporativo no Esporte e na VIDA?

  • Foto do escritor: Cleber Sinesio
    Cleber Sinesio
  • 2 de jun.
  • 3 min de leitura


A vida moderna, tanto no mundo corporativo quanto no universo do esporte de alta performance, cobra resultados, foco e constância.


Mesmo os mais preparados podem enfrentar turbulências pessoais que comprometem seu desempenho e bem-estar.


Em momentos como esses, é comum sentir-se sozinho ou sem direção.



Vamos explorar como enfrentar períodos de adversidade, com base em evidências científicas, filosóficas, psicológicas e espirituais.


Tudo pode começar com um evento marcante, como o término de um relacionamento.

A dor da separação vai muito além do emocional; ela ativa regiões cerebrais semelhantes às da dor física (Kross et al., 2011), e pode gerar uma cascata de sintomas: falta de apetite, insônia, perda de motivação e até queda de desempenho.


Em meio a isso, surge a falta de dinheiro, muitas vezes agravada pela instabilidade emocional. A escassez financeira, como mostra a psicologia comportamental, prejudica a tomada de decisões e intensifica a ansiedade (Mani et al., 2013).


Com as finanças comprometidas, as contas se acumulam e o estresse se torna constante. Estudos apontam que o estresse crônico afeta a imunidade e a clareza mental (McEwen, 2007), prejudicando ainda mais quem precisa manter performance.


Ansiedade e insônia se tornam consequências quase naturais nesse cenário, provocando um círculo vicioso de desgaste físico e mental. A insônia, por sua vez, interfere diretamente na concentração, no humor e na capacidade de recuperação, tanto física quanto emocional (Harvard Medical School).


A alimentação passa a ser negligenciada. Em alguns casos, há descontrole e consumo de alimentos de baixa qualidade; em outros, simplesmente não se come.

A perda de peso acentuada, como cerca de 5kg em poucos meses, não é apenas estética;

é um sinal do corpo pedindo socorro.

Muitos entram em jejum prolongado, seja por falta de apetite, por motivos emocionais ou financeiros. O jejum, quando não consciente, se torna um risco, e não um aliado.



No fundo desse poço, muitos buscam sentido. Surge o clamor por e por um milagre que traga um novo dia. A espiritualidade, como mostram estudos de Koenig (2012), é um fator de proteção psicológica.



A convicção passa a ser um diferencial: quem acredita em seu propósito encontra forças onde parecia não haver mais nenhuma.


Até mesmo o cuidado com o corpo pode ser deixado de lado. Por motivos emocionais ou financeiros, abandona-se a atividade física. Isso gera mais apatia e desequilíbrio hormonal. O exercício, segundo a OMS, é um antidepressivo natural. Seu abandono pode agravar ainda mais o quadro geral.


O que todos esses desafios têm em comum? Eles revelam desequilíbrios em diversas camadas: física, emocional, financeira e espiritual. São sinais de um sistema pedindo reorganização. Como dizia Carl Jung:



A dor não é o inimigo, mas um alerta. Quando escutada, ela nos ensina.



Aprender com a adversidade exige coragem. É preciso buscar autoconhecimento, assumir responsabilidade sobre a própria vida, cultivar espiritualidade, retomar a disciplina e exercitar a compaixão consigo mesmo. Cada tropeço é também um convite à reinvenção.


Conclusão


Diante da dor, há dois caminhos: sucumbir ou evoluir. Os momentos difíceis não são punições, mas oportunidades de crescimento. No trabalho, no esporte, na vida: ninguém escapa dos ciclos de adversidade. Mas todos podemos escolher como atravessá-los.

Com ciência, fé, reflexão e ação, é possível transformar a dor em força, e a crise em renascimento.



Referências:

  • Kross, E., et al. (2011). Social rejection shares somatosensory representations with physical pain. PNAS.

  • Mani, A., et al. (2013). Poverty impedes cognitive function. Science.

  • McEwen, B. S. (2007). Physiology and neurobiology of stress. Nature Reviews Neuroscience.

  • Jacka, F. N., et al. (2010). Association of Western and traditional diets with depression and anxiety in women. American Journal of Psychiatry.

  • Koenig, H. G. (2012). Religion, spirituality, and health. ISRN Psychiatry.

  • Harvard Medical School. (2009). Sleep and mental health. Harvard Health Publishing.

  • World Health Organization (OMS). Physical Activity Factsheet.

 
 
 

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